terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Nikolau, Nikolau, aquele que...

Dezembro é realmente um mês especial nos países europeus. Diferentemente do Brasil, onde o friorento Papai Noel aparece deslocado com suas roupas de lã em pleno verão, aqui o Bom Velhinho tem razão de ser. E em dezembro todo, com ou sem neve (mas sempre com frio), as famílias e o poder público se preocupam em cultivar as tradições natalinas.

Sexta-feira, por exemplo, 5 de dezembro, às cinco e meia da tarde (já noite aqui, pois é inverno), fomos eu, Christine e as crianças até a beira do rio acompanhar a chegada de Nikolau. Ficamos numa margem, onde bombeiros preparavam fogos de artifício. Na outra margem, crianças caminhavam com lanternas. Dentro de alguns minutos, elas se juntariam na ponte à comitiva guiando Nikolau em sua carruagem.

Essa descrição é melhor vista aqui, embora um pouco desfocada pela gravação noturna e pelo reflexo das luzes no rio:



O grande grupo, agora em centenas de pessoas e meias-pessoas (me refiro às crianças, que sempre ficam abaixo da barriga da gente), seguiu um bom trecho caminhando por entre as ruas de Haselünne, acompanhado do corpo de bombeiros. Quando chegamos ao pátio de uma das quatro escolas da cidade, paramos para ouvir Nikolau.

Ele diz isto, em alemão:



E por aí vai.

Depois as crianças cantaram uma música e teve uma pequena banda marcial, mas acabou a bateria da máquina e não pude gravar. O importante a dizer é que foi muito lindo. Ou pelo menos bonitinho.

As crianças ainda receberam guloseimas distribuídas pelos ajudantes de Nikolau. Entre eles um atlético rapaz de 18 anos que faz judô comigo. Reconheci-o por detrás do bigode pintado a caneta hidrocor. Na última vez que nos encontramos no tatami, ele me estrangulou, me deu chave de braço e me jogou no chão não sei quantas vezes. Agora era a hora de me vingar, roubando o microfone de Nikolau e incitando todas as crianças a se jogarem em cima dele, puxando cabelo e o que mais pudesse doer. Mas deixei assim, para não estragar a festa...

No fim do dia, a Christine pediu para nós deixarmos um tênis do lado de fora da casa, porque Nikolau viria e deixaria uma surpresa. Naturalmente, fomos espertos e escolhemos as maiores botas que temos. As crianças foram dormir, e depois Christine-Nikolau veio me chamar para mostrar o que esperava os meninos no outro dia:



E dezembro está só no começo!

2 comentários:

Fernando Dal Castel Junior disse...

No vídeo do show pirotécnico, não dava pra saber o que era conversa e o que era barulho dos fogos de artifício, hehehe.

Gustavo H. Hennemann disse...

Tu já meteu um botinão véio pra lograr as crianças, né... barbaridade. E o pézinho do Sabor é tão pequeno que botaram um prato pra dar volume no embrulho, hehe
Abraço,